quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Técnicas de Velocidade

TÉCNICA DAS CORRIDAS DE VELOCIDADE

Antes de tudo, devemos dizer que as corridas de velocidade não constituem uma
especialidade frenética.
Pelo contrário, são provas técnicas, nas quais a inteligência, o domínio, a
paciência e o trabalho podem substituir amplamente o que chamamos de classe natural.
Elas constituem provas precisas, comparáveis ao salto com vara ou ao arremesso do
disco, e por este motivo devem-se tomar cuidados minucioso em todas as suas fases.
Dessa forma, para que se possa perceber melhor os seus detalhes, vamos dividi-las em
fases, estudando as particularidades de cada uma das fases, analisando os seus pontos
básicos e indicando o tipo de trabalho e os processos didácticos para a sua aprendizagem
e aperfeiçoamento.
Fases das corridas de velocidade:
- A saída ou partida;
- O desenvolvimento;
- A chegada.




A SAÍDA OU PARTIDA

Ao estudarmos a técnica das corridas de velocidade, um cuidado muito especial
deve ser dado à fase da saída, procurando conhecê-la em seus pequenos detalhes, para
que se possa tirar o máximo proveito dela, uma vez que, quando bem executada, pode
levar em muitos casos um corredor à vitória. Isso podemos concluir facilmente através
da observação directa em competições ou através de filmes. Uma boa saída coloca o
corredor, logo nas primeiras passadas, no comando da prova, dando-lhe uma vantagem
bastante importante.
A preocupação com essa fase é tão importante que constantemente novas
experiências são realizadas, proporcionando um aperfeiçoamento mais apurado das
saídas: daí a constante evolução que elas vem sofrendo desde o seu início, quando eram
realizadas em pé, até se chegar à forma atual, que são as saídas baixas. Hoje, todos os
detalhes são estudados minuciosamente como a posição do corpo, braços e cabeça, a
colocação dos pés nos blocos, etc.







TIPOS DE SAÍDAS

Dentre os tipos de saídas mais utilizados, podemos destacar três que são mais
comumentes utilizados: saída curta ou grupada, saída média e saída longa. Elas recebem
essa denominação com base na distância de colocação dos apoios nos suportes dos
blocos de partida.
Saída curta ou grupada: Neste tipo de saída, a ponta do pé de trás é colocada na
direcção do calcanhar do pé que está fazendo o apoio no suporte da frente: em
termos de medidas, o apoio da frente está situado a 48 cm da linha de partida e o
de trás a 73 cm. O quadril coloca-se elevado a um ponto superior ao nível da
cabeça, portanto bem alto. Esse tipo de saída também é conhecido por saída
grupada, devido à posição grupada do corpo do corredor.
Saída média: É um tipo intermediário entre as outras duas (curta e longa), na qual o
joelho da perna de trás e colocado na direcção da ponta do pé que está no apoio
anterior. Como exemplo, o suporte do apoio anterior é colocado 38 cm atrás da
linha de partida e o de trás 85 cm. Nesse caso, o quadril não se eleva tanto como
na saída curta, ficando quase que em linha com a cabeça.
Saída longa: Aqui, a separação entre os suportes para o apoio dos pés no bloco de
partida é maior do que nos tipos anteriores, onde as medidas mais comumente
utilizadas são 33 cm para o apoio anterior, em relação à linha de partida e 103 cm
para o posterior.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Varientes da Velocidade.

AS CORRIDAS DE VELOCIDADE
Conceito de Velocidade: Velocidade é a capacidade de realizar esforços de
intensidade máxima com frequência de movimento máximo ou a capacidade de cobrir a
maior distância dentro de um menor tempo. No atletismo existe a velocidade pura,
representada pelas provas clássicas de 100 e 200 metros rasos, e a velocidade
prolongada, nas provas de 400 metros rasos. Nas categorias inferiores, a velocidade é
representada pelas provas de 50 e 75 metros. Outras provas de velocidade são em pistas
cobertas, com distâncias que variam entre 40 e 100 jardas.
Como conceito geral, podemos dizer que, praticamente em si, não existe. Ela
possui várias características, que são chamadas de variantes de velocidade devendo ser
trabalhadas em conjunto, porque não existe um treinamento para a velocidade
propriamente dita.




As variantes da velocidade são:
1) Velocidade de reacção.
2) Velocidade em relação a movimentos acíclicos.
3) Velocidade em relação a movimentos cíclicos.
 


Velocidade de reacção: É a capacidade de reagir, o mais rápido possível, a um
estímulo, que pode ser óptico, táctico ou acústico. Essa variável pode ser medida através
do tempo de reacção, que é o tempo gasto pelo corredor entre o tiro de partida e a
realização do primeiro movimento da saída.
A velocidade de reacção tem uma parte sensorial e outra motora. Não existe
relação entre elas no treinamento, porque o corredor que reage a estímulos acústicos não
o faz da mesma forma para os estímulos ópticos.
 

Velocidade em movimentos acíclicos: É a velocidade realizada por meio de
movimentos velozes, que não se repetem da mesma forma. Exemplos: um drible, um
soco, etc.
 

Velocidade em movimentos cíclicos: São os movimentos velozes, que se repetem
sempre através de um mesmo gesto. Exemplos: os movimentos da corrida, da natação,
do ciclismo, do remo, etc., temos repetições precisas dos mesmos movimentos, do início
ao final.
 

As corridas de velocidade são provas que exigem ao mesmo tempo, velocidade e
resistência. Nessas provas, a velocidade (capacidade inata) não é mais do que um factor
de resultado, o outro factor é representado pela resistência (capacidade adquirida), a qual
permite que se mantenha a velocidade máxima durante um tempo mais prolongado,
evitando sua perda brusca e prematura.


De acordo com experiências realizadas, a maior velocidade possível de um
corredor após uma saída parada é conseguida entre 40 e 70 metros, ao que chamamos de
velocidade pura. A velocidade pura ou de base é definida como sendo a "máxima
capacidade de deslocamento na unidade de tempo, sem perda aparente de energias".
Segundo Hill, ela pode atingir até 60 metros, para em seguida começar a diminuir, mais
ou menos, dependendo das qualidades de resistência do corredor.
A velocidade da corrida é o produto de dois factores, o tamanho da passada pela
  frequência velocidade.


O primeiro factor (tamanho da passada) pode ser sensivelmente melhorado
mediante o treinamento, por exemplo: a colocação do corpo, o trabalho de impulsão, a
colocação correta dos pés sobre o solo, a elevação dos joelhos, etc.